
Na tarde de sexta-feira (30/06), os servidores da Justiça do Trabalho do Paraná, deliberaram pela suspensão da greve e retorno das atividades normais na segunda-feira (03/07).
A assembléia aprovou a suspensão da greve, mas estabeleceu o prazo até 01/08/2006 para cumprimento do acordo e aprovação do projeto.
Caso o governo não imprima celeridade a tramitação que culmine na aprovação do projeto até 01/08/2006, a categoria deliberou pelo retorno imediato a greve nessa data.
O posicionamento dos servidores em assembléia baseou-se principalmente no quadro nacional de mobilização, onde todos os estados, com exceção de São Paulo e Paraná deliberaram pela aceitação do acordo e retorno das atividades.
Durante a assembléia houve a informação de que os servidores de São Paulo tinham acabado de deliberar pela suspensão da greve, ficando portanto, o Paraná como último estado a decidir sobre a suspensão do movimento grevista.
Os servidores também criticaram o posicionamento da direção da Fenajufe de esvaziar o movimento antes da aprovação do projeto.
Criticaram a postura da entidade nacional que efetivamente não teve assento decisório na elaboração do acordo, submetendo a categoria a condição passiva de ratificação de algo que já havia sido decidido.
Jose Padilha, representante do Comando de Greve, criticou também a posição dos dirigentes nacionais que por diversas vezes submeteram a categoria a orientações equivocadas e desmobilizadoras, como a da suspensão da greve por dez dias no final de maio, e a ratificação de um acordo formulado pela cúpula sem participação ativa da base.
Segundo Padilha, a direção da Fenajufe demonstrou fragilidade e falta de articulação, vez que, todas as tratativas de acordo foram formuladas diretamente pela cúpula do judiciário federal, sendo posteriormente comunicadas a entidade nacional, cuja diretoria demonstrou não ter forças para participar ativamente do processo, para fazer prevalecer o desejo dos servidores.
A expressão verdadeira da vontade dos servidores era a implantação do plano de forma integral, em única parcela a partir de junho/2006.
O governo apresentou proposta de parcelamento em três vezes na CTASP, proposta retirada pela pressão dos sindicatos.
Na CFT, com a colaboração do deputado Geddel Vieira (PMDB/BA) o governo manipulou o projeto e conseguiu aprovar o parcelamento do plano em três vezes, sendo que a federação aquiesceu, omitiu-se, silenciou e nada fazendo contra o parcelamento, ao contrario, mobilizando-se pela alteração do projeto, visando o beneficio de segmentos minoritários da categoria.
Apos a aprovação do projeto na CCJC, vez que o governo já havia conseguido seu intento inicial de parcelamento em três vezes, aumentou sua voracidade e inflexibilidade, submetendo o judiciário a aceitação de um acordo de parcelamento em seis vezes.
Os dirigentes da federação passivamente presenciaram todos os fatos, omitindo-se de tomar uma posição em defesa dos servidores, porque este posicionamento geraria um confronto com o governo federal em vésperas