Carta a parlamentares: destruir serviços públicos agravará a crise econômica e a exclusão social


Entregue na eleição de novos presidentes da Câmara e Senado, carta rejeita 'reforma' administrativa e diz que sem serviços públicos não há como enfrentar pandemia

Entregue a parlamentares na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, carta das entidades sindicais nacionais dos servidores afirma que destruir os serviços públicos e atacar seus trabalhadores não é solução para as crises social e econômica que atingem o Brasil.

O texto diz ainda que o enfrentamento da pandemia no país não seria possível sem o trabalho desenvolvido pelo setor público e pelos servidores e servidoras nas esferas federal, estadual e municipal. A carta defende a volta do auxílio emergencial para a população socialmente vulnerável e um programa de vacinação que efetivamente alcance o conjunto da população imediatamente.

O documento diz que, ao contrário de resolver quaisquer crises, a destruição do setor público deixará a população desassistida e aprofundará o quadro de pobreza e vulnerabilidade social. A carta é assinada pelo conjunto das organizações que integram o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais – do qual a federação nacional participa (Fenajufe).

Protocolada na Câmara e no Senado Federal na tarde do dia 1o de fevereiro de 2021, data em que, à noite, foram eleitos os novos presidentes do Senado Federal (Rodrigo Pacheco – DEM/MG) e da Câmara dos Deputados (Arthur Lira – PP/AL). Os dois defendem a ‘reforma’ administrativa apresentada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PEC-32/2020).

Logo após tomar posse, Lira disse a jornalistas que a PEC 32 e a PEC Emergencial, que reduz salários e jornadas de servidores em 25%, estão entre as prioridades do início da gestão. A carta foi entregue aos candidatos que disputavam as presidências das duas casas e divulgada nas redes sociais.

A carta do Fonasefe critica a emenda que instituiu o teto de gastos, que impede mais investimentos nos serviços públicos, e ‘reformas’ como a da Previdência, que desviaram recursos da classe trabalhadora para cobrir despesas como o pagamento dos juros das dívidas públicas a bancos. “Por que continuar insistindo nesta política de estado mínimo e ataque aos servidores, depois de a Emenda Constitucional 95, reforma da Previdência, congelamento salarial não terem causado crescimento econômico e a distribuição de renda no país, melhorando a vida da população, conforme prometido pelos governos Temer e Bolsonaro, que encaminharam tais medidas?”, diz trecho do material divulgado.

Mobilização

Os servidores realizaram no primeiro dia de fevereiro, segunda-feira, uma série de protestos, com carreatas em várias cidades e ato simbólico no gramado próximo ao Congresso Nacional. 

Leia a íntegra da carta aqui.

 

Fonte Sintrajud