Assembleia do Sinjutra na próxima segunda (6) discutirá posição sobre greve que será levada à Fenajufe

O Sinjutra realiza na próxima segunda, 6 de junho, assembleia para delibar a respeito dos próximos passos da campanha em defesa do reajuste salarial emergencial. Também estará em pauta a discussão sobre a data-base, direto constitucional negado a servidoras e servidores, impedindo que anualmente tenham seus salários reajustados.

Um dos objetivos da assembleia é decidir qual posição o Sinjutra levará para a reunião da Federação Nacional (Fenajufe), que ocorrerá na quarta (8), sobre o indicativo de greve em 15 de junho. O mesmo será feito pelos demais sindicatos de base que compõem a Federação. Nesta reunião, a Fenajufe fará o levantamento das decisões nos estados e indicará, conforme resultado de votação, o caminho a ser seguido nacionalmente.

O que já se tem ideia é a importância de intensificar a mobilização sob o risco de a categoria amargar reajuste zero neste ano. O prazo limite para o governo conceder aumento de salários ou de benefícios é 4 de julho. Após isso, é caracterizada infração à LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), que proíbe aumentos nos últimos 180 dias de mandato.

O que se sabe também são os vários momentos em que o governo sinaliza e depois recua sobre conceder reposição ao funcionalismo. Desde dezembro do ano passado quando Bolsonaro afirmou que os policiais teriam reajustados seus salários, sem mencionar outros segmentos, houve sucessivos vaivéns. Recentemente, o presidente disse que os outros servidores são obstáculos para reajuste de policiais.

Em matéria publicada na terça (31), no jornal Folha de São Paulo, mais um revés. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, novo corte no orçamento pode dificultar reajustes neste ano. O próprio jornal aponta como ‘idas e vindas’ o movimento do governo, destacando o ‘cenário sem aumentos’ como o que ganha força diante do novo corte no orçamento.

É a partir desta perspectiva, sem qualquer garantia, que os representantes da categoria discutem nos estados e em nível nacional a participação em movimentos grevistas.