Assembleia do Sinjutra aprova estado de greve e paralisação de 24h na próxima quarta (15)

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Em assembleia realizada nesta quinta-feira (9), a categoria da Justiça do Trabalho do Paraná aprovou entrar em estado de greve e paralisação de 24 horas no dia 15 de junho. Constituem uma resposta ao fato de o governo não conceder reajuste salarial ao funcionalismo neste ano e reforçam a ideia de que a luta por reajuste deve continuar. O prazo para receber algo em 2022 ainda não foi encerrado, a data-limite é 4 de julho. No entanto, de acordo com o que disse, ontem, o ministro Paulo Guedes, durante sua participação na 2ª edição do Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, a questão já esta definida: "O governo federal não conseguiu dar aumento de salários”, afirmou.

Na data da paralisação, os servidores e servidoras se reúnem em assembleia para avaliar o cenário e debater estratégias. O evento ocorrerá de forma híbrida, online e presencial, e será realizado no auditório do Fórum Trabalhista de Curitiba, com inicio previsto para as 14horas. Interessados em participar virtualmente devem enviar a solicitação para o e-mail assembleia@sinjutra.org.br até as 12h do dia 15.

Durante a assembleia, o coordenador Renato Celso Moreira Filho, deu os informes sobre a reunião da Fenajufe com os sindicatos de bases, realizada na quarta-feira (8). Houve a percepção de que a greve por tempo indeterminado precisa ser construída e, de forma unânime, ressaltado que as mobilizações devem ser ampliadas e que a luta deve aumentar. Com esse propósito, um dos direcionamentos aprovado foi centrar forças no Supremo Tribunal Federal para pressionar o ministro Luiz Fux, na condição de presidente da Corte, a encaminhar ao Congresso Nacional projeto de lei prevendo a reestruturação dos salários dos servidores. Ontem mesmo a Fenajufe encaminhou ofício ao STF solicitando reunião com Fux, em caráter de urgência, para tratar da questão.

Foi proposto que os sindicatos enviem ofício ao Supremo, cobrando a realização de reunião com a Fenajufe e a construção de uma proposta que contemple a reposição das perdas inflacionárias. O Sinjutra já se movimenta neste sentido.

Os servidores do TRT-PR lembraram na assembleia desta quinta que o histórico de greves e lutas sempre teve o dado concreto de já haver um projeto de lei em tramitação, algo que até o momento a categoria não dispõe. Portanto, pressionar de forma contundente o STF e assim ter força política para incluir a proposta na LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2023 passou a ser crucial neste momento da luta para recompor os salários.