Com adiamento da votação, pressão para barrar PEC Emergencial deve ser intensificada

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Após reunião de líderes no Senado, nesta quinta-feira (25), ficou estabelecido que a votação da PEC Emergencial (186/19) acontecerá na próxima quarta-feira (3). O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), admitiu não haver acordo para a votação da proposta. A “PEC da chantagem”, como está sendo chamada, prevê o congelamento salarial dos servidores por dois anos, acaba com a exigência mínima de gastos em saúde e educação em troca de nova rodada do auxílio emergencial para a população.

Bolsonaro, Paulo Guedes e os presidentes do Senado e da Câmara, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Arthur Lira (PP-AL), construíram acordo e pretendem colocar a conta da crise nas costas do funcionalismo. Com o adiamento, as sessões de hoje e da terça-feira (2) serão apenas para discussão da matéria.

A forte mobilização das servidoras e servidores públicos, de vários segmentos do funcionalismo, com apoio e organização do Movimento a Serviço do Brasil tem surtido efeito e deve ser intensificada. Tuitaço na noite dessa quarta-feira (24) a hashtag #DerrubaPEC186 ficou nos trending topics do Twitter. Já nesta quinta (25), a tag #AuxilioSimDesmonteNao toma conta dos assuntos do momento.

Em reunião Ampliada, na última terça (23), o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) definiu as estratégias e o calendário de atividades para o mês de março na luta contra a reforma administrativa (PEC 32/20) e PEC Emergencial. Os dirigentes reiteraram a urgência de intensificar a mobilização em diversas frentes presenciais e virtuais com carreatas, jornada de luta, greve e paralisações, solicitação de audiências e pressão nas redes sociais dos parlamentares.

Entre outros pontos, a PEC 186/19 veta aumento, reajuste ou adequação de remuneração aos servidores; criação de cargo, emprego ou função; alteração de estrutura de carreira; criação ou majoração de auxílios, vantagens, bônus, abonos, verbas de representação ou benefícios de qualquer natureza, inclusive os de cunho indenizatório. Além disso, proíbe a realização de concursos.

 

Fonte: Fenajufe