Atos e paralisações ocorrem em meio a novo corte no orçamento que ameaça reajuste
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Servidores em ato em Brasília, no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, nesta terça (31)
A ‘boa-nova’ mais uma vez veio da “Folha de São Paulo”, que noticiou que novo corte no orçamento pode inviabilizar o reajuste salarial este ano. Em maio, também foi o jornal o responsável por informar que o governo cogitava reposição linear de 5% ao funcionalismo federal. ‘Dados’ que os servidores vão tendo conhecimento pela imprensa, uma vez que não foi nomeado interlocutor, muito menos instaurada mesa de negociação – conforme solicitação por ofício, que foi protocolado no Ministério da Economia, em janeiro.
“Após seis meses de idas e vindas, voltou a ganhar força o cenário sem aumentos, segundo fontes do governo ouvidas pela Folha”, diz trecho de reportagem desta quarta, 1º de junho, que atribui à nova mudança de rota o corte de R$ 8,2 bilhões em despesas com custeio e investimentos para acomodar o crescimento em outros gastos obrigatórios.
O jornal ressalta que ainda não há decisão definitiva e que cabe ao presidente Jair Bolsonaro bater o martelo quanto ao assunto.
Intensificação das mobilizações pela recomposição emergencial
Na contramão das ações do governo e cientes da importância da mobilização, servidoras e servidores realizam protestos, atos e paralisações em Brasília e também nos estados. O tempo urge – o prazo limite para concessão de resposição salarial é 4 de julho - e as idas e vindas jogam pressão na união e no engajamento do conjunto da categoria para fazer frente ao risco de reajuste zero. O Sinjutra já encaminhou decisão de assembleias com a realização de dois dias de paralisações: um em 19 de maio e outro nesta terça, 31.
Na mesma data, em Brasília, fechando o mês de maio, caravanas de todo o país lotaram o auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, em ato que pediu valorização dos servidores e do serviço público. Também estiveram presentes parlamentares que apoiam as reivindicações do funcionalismo. Segundo divulgou a Fenajufe, cerca de 500 pessoas participaram da manifestação.
Pela manhã, o ato com caminhada foi na Esplanada dos Ministérios, terminando na Praça dos Três Poderes.
Neste dia 1º, a movimentação não parou e visita a deputados e a ministros do Supremo Tribunal Federal fizeram parte da agenda dos manifestantes em Brasília.
Os servidores ‘correm’ e fazem sua parte com a consciência de que “sem mobilização, não há reajuste”, conforme dizeres de um dos panfletos do Sinjutra.
Nova assembleia do sindicato para decidir os próximos passos foi convocada para segunda-feira (6).