19,99%: na retomada do ano legislativo, ato simbólico de servidores em Brasília exige recomposição salarial
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Mobilização marca retorno dos trabalhos legislativos e agenda aprovada propõe greve a partir do mês de março
Servidores e servidoras representantes das três esferas do funcionalismo participaram de ato simbólico nesta quarta-feira (2), em Brasília. A atividade é parte do calendário aprovado na Plenária Nacional das Servidoras (ES) Públicos Federais ocorrida dia 27 de janeiro.
A Fenajufe, respeitando os protocolos de segurança sanitária, foi representada pelos coordenadores Fabiano dos Santos, Luiz Cláudio Correa e Roberto Policarpo. Os sindicatos de base, Sindjufe/MS, Sitraam/AM, Sintrajufe/RS, Sintrajud/SP, Sintrajufe/PE enviaram representantes.
Além da capital federal, outros estados cumpriram agenda de mobilização e fixaram faixas nos órgãos públicos, pleiteando tratamento isonômico para todas as categorias do serviço público.
A Federação como única entidade representativa das trabalhadoras e trabalhadores do Judiciário Federal e MPU anexou faixas em frente ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), tribunais superiores (TSE) (STJ) (TST), também na PGR, e Ministério Público, reivindicando o mesmo reajuste de 19,99%.
Sem deixar a luta contra reforma administrativa (PEC 32), o principal ponto da pauta foi a reivindicação pela recomposição salarial. O ato consistiu em uma caminhada do espaço do servidor até a Praça dos Três Poderes de onde os servidores (as) soltaram balões e carregaram faixas com dizeres sobre a luta de recomposição salarial. Os servidores buscam recomposição imediata de 19,99%, índice referente às perdas acumuladas desde o início do governo Bolsonaro, correspondente ao período de janeiro de 2019 a dezembro de 2021.
Sem nenhuma devolutiva dos pedidos de audiências protocolados pelo Fonasefe e Fonacate no dia 26 de janeiro, solicitando implementação de uma mesa de negociação com os representantes dos Três Poderes - Casa Civil (Ciro Nogueira); presidente do Congresso Nacional, (senador Rodrigo Pacheco - PSD-MG); e o presidente do STF (ministro Luiz Fux) -, o conjunto de servidores promete greve geral unificada partir do mês de março.
Os pedidos de audiências foram feitos na mesma data do lançamento da Campanha salarial 2022, no dia 18 de janeiro.
Com a falta de sinalização de negociação por parte do governo até o momento, o caminho é unificar a luta para organizar o movimento paredista que já está sendo construído em todo o funcionalismo.
Após falas e cânticos repudiando manobra eleitoreira em benefício de um setor sabidamente apoiador do governo e das políticas do BolsonaroGuedes, o conjunto de servidores seguiu até o Anexo II da Câmara onde o ato foi encerrado.
Agenda de mobilização aprovada:
07 a 11/02 – Rodada de plenárias estaduais e atividades virtuais “Reposição emergencial para todas e todos: 19,99% já”!
14 a 25/02 – Jornada de Luta em estado de greve;
09/03 – Greve Nacional dos(as) servidores(as) Federais.
Reunião com presidente do STF, ministro Luiz Fux
Após encontros com a ministra Rosa Weber, vice-presidente do STF e com o secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Valter Shuenquener, a Fenajufe segue em busca de diálogo com as administrações para levar a legitimidade da recomposição salarial.
Nesse sentido se reunirá com o ministro Luiz Fux no dia 15 de fevereiro. Além de discutir a recomposição salarial, a Federação irá buscar apoio do ministro para enviar proposta de alteração do nível de escolaridade para ingresso na carreira de técnico judiciário (NS), elaborada e encaminhada pela Fenajufe ao Fórum Permanente de Carreira do CNJ.
Fonte: Fenajufe