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Servidores aprovam paralisação em 21 e 22 de junho e greve por tempo indeterminado em agosto

Há 2 anos


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Servidores decidiram em assembleia realizada na quarta-feira (15) pela paralisação de 24h, em 21 e 22 de junho, e por greve por tempo indeterminado a partir do dia 3 de agosto. Para o dia 22 também foi aprovada a realização de ato, com concentração no prédio do Fórum Trabalhista de Curitiba (Av. Vicente Machado, nº 400).

A dúvida sobre se há ambiente favorável para a deflagração de uma greve por tempo indeterminado esteve presente em boa parte do debate. No entanto, ainda maior que o questionamento com relação ao momento propício, é a constatação de que sem greve não há reposição salarial. Esta fala reverberou entre os presentes na assembleia. “Não me lembro de ter ocorrido algum reajuste sem ter havido uma greve antes”, afirmou o servidor Márcio Rodrigues. Em suas falas, reforçaram este argumento o coordenador do Sinjutra Renato Celso Moreira Filho e o servidor do Fórum Trabalhista de Maringá Jeferson Nunes. Os servidores também apontaram para a necessidade de ampliar a força do movimento.

Embora o presidente Jair Bolsonaro tenha declarado, na segunda (13), que não haverá reajuste neste ano, a categoria continuará lutando pelos 5% para os quais o ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal, disse ter recurso orçamentário, sem perder de vista a recomposição que prevê a recuperação das perdas inflacionárias acumuladas desde o início do atual governo. Os servidores lutam para que o índice de correção nos salários seja de 30,6%. Este percentual leva em conta a inflação acumulada de janeiro de 2019 a dezembro de 2021 mais a projeção para este ano.

O principal objetivo agora é pressionar Fux a elaborar proposta de lei abrangendo o equivalente às perdas inflacionárias e que o montante necessário para isso conste na LOA (Lei Orçamentária Anual) 2023. O projeto de lei do Orçamento deve ser enviado ao Congresso Nacional até 31 de agosto.

Ações incisivas no sentido de pressionar o presidente do Supremo constam do novo plano de luta pela recomposição salarial. Solicitação de reunião com Fux já foi protocolada pela Fenajufe (Federação Nacional). O Sinjutra enviará ofício ao STF reforçando o pedido de reunião.

A assembleia de quarta foi a primeira do Sinjutra realizada em formato híbrido – presencial com a possibilidade de interação online. Participaram online servidores da capital, da Região Metropolitana de Curitiba e do interior.