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Assédio moral também se manifesta em monólogos: quando só um fala, muitos podem adoecer

Há 2 meses


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Campanha do Sinjutra contra toda forma de assédio

Todo assédio destrói carreiras!
Tanto de quem pratica, quanto de quem sofre

Você já viveu a experiência de estar em uma reunião ou conversa de trabalho em que apenas uma pessoa fala — sem abertura ao diálogo, sem escuta, sem espaço para a participação coletiva?

Esse comportamento, muitas vezes naturalizado nos ambientes institucionais, pode configurar uma forma sutil de assédio moral, especialmente quando é sistemático, reiterado e utilizado para invisibilizar vozes, impor opiniões e constranger colegas.

O que é o “monólogo autoritário”?

É quando o(a) gestor(a), colega ou superior hierárquico ocupa todo o espaço da fala de forma unilateral, sem permitir contrapontos, sem abertura para o contraditório e deslegitimando intervenções com ironia, interrupções, desqualificações ou indiferença.

Esse padrão reforça relações hierárquicas adoecedoras e contribui para a instalação de um ambiente de medo, silêncio e submissão.

O perigo dos monólogos no ambiente de trabalho:
Geram silenciamento coletivo;
Enfraquecem a participação democrática;
Reduzem a autoestima e a segurança emocional dos(as) servidores(as);
Podem desencadear sintomas como ansiedade, tristeza, insônia e adoecimento psíquico.

Assédio não é só grito ou humilhação pública. Também é calar, apagar e tornar alguém irrelevante nas relações de trabalho.

Conforme os manuais de prevenção ao assédio do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e as diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), uma comunicação institucional saudável pressupõe respeito, escuta ativa, horizontalidade e abertura para o diálogo.

Fique atento(a): Se você está constantemente sendo interrompido(a), ignorado(a), constrangido(a) ou se percebe que seus apontamentos são sistematicamente desconsiderados, é possível que esteja sendo alvo de uma forma de assédio moral estrutural.

O Sinjutra está atento a essas práticas e reforça: ambiente de trabalho não é lugar de monólogo. É lugar de escuta, construção coletiva e respeito.

Se você está vivendo situações como essa, procure o sindicato. Nosso canal de acolhimento e escuta está disponível para te orientar com sigilo, empatia e compromisso com o seu bem-estar no ambiente de trabalho.