Fenajufe vai ao STF e cobra autonomia do Poder Judiciário para manter o PL de recomposição salarial no formato original
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Em reunião com o diretor geral, Federação afirma que não aceitará ampliação no parcelamento do PL 2441/22
A Fenajufe se reuniu nesta terça-feira (20) com o diretor-geral do Supremo Tribunal Federal (STF) Miguel Ricardo de Oliveira Piazzi para tratar da recomposição salarial da categoria.
Participaram da reunião a coordenadora Márcia Pissurno e os coordenadores Roberto Policarpo e Thiago Duarte.
Ao DG, os dirigentes levaram a preocupação com as manobras do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), em ampliar o prazo das parcelas do projeto de recomposição salarial das servidoras e servidores do PJU e do MPU.
O presidente da Câmara queria a implementação do reajuste tanto dos servidores do PJU quanto do MPU parcelado em 4 anos e não em dois, conforme decisão unânine do STF. No entanto, em acordo com o presidente do Senado,Rodrigo Pacheco, a proposta é que o pagamento das parcelas seja em 3 anos conforme o reajuste dos servidores do Senado. A Federação reafirmou ao diretor geral que não concorda com a interferência de Lira e cobrou autonomia do Poder Judiciário.
Em nota assinada em conjunto com o Sindicato Nacional dos Servidores do MPU, CNMP e ESMPU (SindMPU) publicada na última sexta-feira (16) a Fenajufe exige que os projetos encaminhados pelo STF e pela PGR sejam respeitados, dentro de sua autonomia administrativa e financeira.
O diretor-geral se comprometeu em levar o tema para a presidenta, ministra Rosa Weber.
A Fenajufe ressaltou ainda que é contra as tentativas dos presidentes da Câmara e do Senado de rebaixar as propostas de recomposição com reflexos duros para servidores e servidoras do PJU e do MPU e que essa movimentação de Lira e Pacheco representam uma séria ofensa à autonomia do Poder Judiciário e do Ministério Público da União.
Enquanto a Fenajufe produzia esta notícia, recebemos a informação de que os PLs das recomposições entrariam na urgência do dia, seguindo a imposição do Lira e Pacheco, que estão contando com a omissão do STF para poderem prosseguir na tentativa de alterar/rebaixar o projeto original.
Fonte: Fenajufe