16M: Servidores lotam Esplanada dos Ministérios em dia nacional de luta pela recomposição salarial
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Ultimato foi dado nesta quarta-feira (16); mais uma vez governo se nega a receber o pleito das categorias e a pressão do funcionalismo vai continuar
Nesta manhã (16), servidores e servidoras vindos dos quatro cantos do país ocuparam o canteiro central do Ministério da Economia em protesto à falta de resposta do governo em negociar a pauta de reivindicações. O ato nacional é o ultimato do conjunto dos servidores ao governo que insiste em negligenciar o pleito das categorias. É promessa de todo funcionalismo público entrar em greve a partir do dia 23, caso continuem sendo desprezados.
Em plantão ampliado desde início da semana, a Diretoria Executiva teve participação expressiva: Estiveram presentes as coordenadoras Lucena Pacheco e Juscileide Rondon acompanhadas dos coordenadores Evilásio Dantas, Edson Borowski, Erlon Sampaio, Fabiano dos Santos, José Aristéia, Leopoldo de Lima, Ramiro López, Roberto Policarpo e Thiago Duarte.
Além de realizarem atividades locais, Sindicatos de base enviaram vários representantes e contribuíram para tornar o #16M o maior ato do funcionalismo em 2022. São eles: Sitraemg/MG, Sisejufe/RJ, Sindjufe/BA, Sindijufe/MT, Sindjufe/MS, Sintrajud/SP, Sintrajuf/PE, Sindiquinze/SP, Sinjufego/GO, Sindjufe/MS, Sindissétima/CE e Sintrajufe/RS.
Os servidores se concentraram no Espaço do Servidor, na Esplanada dos Ministérios, e, de lá, caminharam até o Ministério da Economia para cobrar de Paulo Guedes abertura imediata de negociação.
Falando pela Fenajufe, o coordenador Fabiano dos Santos ressaltou que o ato é a devolução da granada que o ministro Paulo Guedes quer colocar no bolso dos servidores. Fabiano reforçou, ainda, que o caminho é construir um grande movimento e uma greve geral no funcionalismo.
O coordenador Roberto Policarpo afirmou que os servidores do Judiciário estão em busca dos seus direitos. E que a luta não é por reajuste e, sim, por recomposição das perdas acumuladas dos últimos três anos.
Para a coordenadora Lucena Pacheco, a recomposição salarial é um direito de toda classe dos servidores, que estabelecem um Estado necessário para a sociedade atendendo saúde, educação, justiça. A diretora reforçou que, ainda que a pressão do Judiciário seja no Supremo Tribunal Federal (STF), a unidade pela vitória é com todos os servidores federais.
Já o coordenador Edson Borowski falou da importância da luta para garantir a recomposição salarial, além de reforçar a unidade com servidores estaduais, municipais e federais. Borowski lembrou que a unidade do funcionalismo derrotou a reforma administrativa (PEC 32/20) em 2021.
O Fórum das Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Tipicas do Estado (Fonacate) protocolaram pauta de reivindicações no Ministério da Economia no dia 18 de janeiro e até o momento não houve até o momento não houve devolutiva governista em atender os trabalhadores e trabalhadoras da administração pública. O documento pede recomposição salarial imediata de 19,99% (referente às perdas inflacionárias do governo Bolsonaro); arquivamento da PEC 32/2020; e a revogação da Emenda Constitucional 95.
A pressão vai continuar: a partir desta quinta-feira (17), servidoras e servidores públicos farão vigília em frente ao Ministério da Economia no sentido de forçar a implantação da mesa de negociação.
Fonte: Fenajufe