Hipervigilância no ambiente de trabalho pode configurar assédio moral, alerta cartilha do TST
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Campanha do Sinjutra contra toda forma de assédio
Todo assédio destrói carreiras!
Tanto de quem pratica, quanto de quem sofre
O monitoramento excessivo do trabalho de servidoras e servidores públicos pode ser caracterizado como assédio moral, segundo orientações da Cartilha de Prevenção ao Assédio Moral e Sexual elaborada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).
O documento orienta que o controle exacerbado, a atribuição de tarefas com prazos incompatíveis e a constante desqualificação do trabalho são formas de violência institucional que ferem a dignidade da pessoa trabalhadora. Um dos exemplos claros de assédio moral listados na cartilha é a hipervigilância sobre o serviço executado, o que compromete a saúde mental e emocional da(o) servidora(or) e afeta diretamente o ambiente laboral.
Trecho do documento do TST cita como conduta assediara a “hipervigilância sobre o serviço executado pelo(a) servidor(a), sem motivação razoável, com críticas reiteradas e ausência de confiança".
A prática da hipervigilância gera insegurança, ansiedade e sensação constante de exposição, especialmente quando vinculada a atitudes autoritárias e à desconfiança sistemática. No setor público, onde a impessoalidade e o respeito aos princípios constitucionais devem nortear a gestão, esse tipo de conduta é incompatível com a ética administrativa.
O que configura hipervigilância?
Cobrança excessiva e repetitiva sobre tarefas já realizadas.
Observação constante e imotivada da(o) servidora(or).
Desconfiança injustificada sobre a produtividade ou qualidade do trabalho.
Interrupções frequentes para revisar, fiscalizar ou alterar detalhes do serviço.
Comparações reiteradas com colegas ou insinuações de incompetência.
Sinjutra reafirma: respeito é essencial
O Sinjutra reforça seu compromisso com a construção de ambientes de trabalho saudáveis e livres de qualquer forma de assédio. Condutas abusivas, mesmo que disfarçadas de controle, não podem ser normalizadas.
Se você estiver enfrentando situações de hipervigilância injustificada, desrespeito ou abuso de autoridade, procure o sindicato. Nosso setor jurídico está à disposição para orientar e acolher denúncias com sigilo e seriedade. Além disso, é possível fazer denúncias por meio do link https://sinjutra.org.br/denuncia
O preenchimento dos campos de identificação é opcional, garantindo assim a possibilidade do anonimato, bastando apenas indicar o local de trabalho.
Trabalhar sob respeito é um direito. Fiscalização excessiva é abuso. Denuncie.