Semana do Servidor: Psicólogo Paulo Vaz realiza palestra “Diálogos existenciais e contato. Projeto de vida e sentido existencial”

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Com base na Gestalt, uma das teorias da Psicologia, o psicólogo, professor e mestre Paulo Cesar de Souza Vaz ministrou a palestra “Diálogos existenciais e contato. Projeto de vida e sentido existencial”. A palestra foi realizada durante a Semana do Servidor, na quarta-feira (25).

Num mundo em que as pessoas estão cada vez mais medicadas para transtornos de ansiedade e doenças relacionadas à saúde mental, estar em contato consigo mesmo e com a própria essência parece não ser das tarefas mais fáceis. Segundo o professor, ainda que o corpo tenha uma intuição, que por si só busca o equilíbrio, o meio e as introjeções ocorridas nele nos torna seres fragmentados, com dificuldade de estarmos em contato com nós mesmos. “O corpo vai sofrer essas introjeções e formará sua subjetividade”, afirma.

 “Como está a nossa humanidade em nós mesmos?” foi uma questão levantada pelo professor.

Um caminho para a resposta, segundo ele, é “olhar para si e partir de uma inclusão de si mesmo e com o outro”.

Sobre diálogos, um dos temas de estudos de Vaz, aponta: “Dialogar é aceitar que o outro tem direito de ser diferente de mim. Eu não aceito a diferença porque não me aceito, é uma mera projeção daquilo que eu não gosto em mim mesmo”.

“Dialogar requer que estejamos conectados com as nossas partes, todas as nossas dimensões”.

Citando o filósofo francês Jean-Paul Sartre, “A existência precede a essência”, o psicólogo destaca que primeiro nós vamos existir, estar em contato com a nossa existência, para depois termos condições de sabermos quem somos.

Como parte do trabalho para nos levar a refletir, Vaz propôs as seguintes perguntas:

“Como posso ser inteiro?”

“Como estar inteiro naquilo que faço?”

“Como posso viver como uma pessoa inteira que sempre e em todos os lugares é una consigo mesma?”

“Como posso encontrar minha unidade nas muitas coisas que faço e que muitas vezes me fragmentam?”

Não são perguntas fáceis de responder. Mas ao menos nos dando conta de que precisamos partir disso, de que é necessário nos atentarmos a essa condição, pode ser um início.

“Somos unidades vivenciais, somo aquilo que vivemos. Você é o que você experenciou. Somos o resultado da nossa vivência. Cada um pode contribuir com a humanidade singularmente”, conclui o psicólogo.

Contato Paulo Cesar de Souza Vaz

41 9112-8187